Preciso desta dor na alma para saber que existo
Pó que sopra no vento do tempo, bruma de existir
Ser apenas só e todo teu, não poder fugir
Palavras de amor eterno riscadas num pedaço de xisto
Sinto que tudo passa, tudo acaba por passar
Menos este intenso desejo de te ter, a ti amar!
Mas que importa ao universo quem somos, o que queremos?
A vida é agora, presentea-nos com o que temos!
Nunca nada de mais, nem nada de menos.
E o desejo esse é infinito, neste grito aflito
Que me rasga o peito na ausência de ti
Pedaço de mim, pertença minha, que não está aqui.
Não importa nada ao tempo que passa, esta agonia
Nem se este meu inflamado amor cresce em cada dia
As minhas mãos vazias do teu corpo apetecido
Este peso em mim de não ser tudo, apenas vencido
Derrotado, atirado ao tapete, cansado coração
Batendo à toa, nesta arrebatadora paixão
E demoras, não vens que não sinto o teu perfume
Arrasto-me, louco por ti, aqui escrevo o meu queixume
Este constante a ti lembrar somente,
O apenas sonhar-te me faz contente
Sermos nós dois, o desejar-te a comer à minha mesa
Sou e sinto, sou vulcão extinto, a chorar de tristeza
4 comentários:
:( que triste...
Provavelmente do poemas mais bonitos que li feitos por ti...
A.
Obrigado.
um amor riscado no xisto um dia será, certamente, gravado na pele
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