Na fome, na raiva e na morte.
Povos pequenos e sem sorte,
Vítimas do desejo de futuro,
Que ousaram desejar a liberdade!
Há povos cercados por um muro.
Há notícias que são mera propaganda,
Nenhum resquício de verdade!
Povos, são apenas números perdidos,
Não importam muito mais...
Se morrem ou apenas ficam feridos,
São meros danos colaterais!
Quem dá voz ao povo que emudece?
Quem ousa gritar a sua raiva,
Na justiça que fenece?
Já não sei se vale a pena a esperança,
De um mundo mais fraterno, mais justo!
Esta macabra geopolítica dança,
Em que alguns ganham sempre,
E o resto fica sem tusto!
Há uma raiva que me seca a garganta.
Uma frustração que diz: - Nada adianta!
Mas as minhas mãos ganham garras,
A minha boca presas afiadas.
E se pensam que ficarei domesticado e manso,
Que tudo suportarei com ares de tanso,
Desenganem-se! Saiam-me da vista!
E não me importa nada, se me chamam terrorista!
1 comentário:
A violência nunca levou ninguém a lugar algum... os teus gritos de revolta são de alguém que acorda agora de um sono e olha com novos olhos para a realidade ao seu redor... é feio o que se vê, mas antes de aceitarmos e compreendermos as desgraças, pouco poderemos fazer para modificar seja o que for... o mal é aparente, tão mais aparente quanto pior for ainda que o sintamos como bem real... e é esse sentir que não nos deve deixar sossegar jamais, pelo menos até percebermos qual é o nosso papel, e porque sentimos essa por... ela tem uma finalidade, ou não a sentiríamos... é porque algo podemos e devemos fazer a respeito...
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