Há em cada hora que passa,
O peso acrescido da ausência,
O manto negro do silêncio,
Caindo como uma capa,
Que tudo abafa, tudo sufoca.
São os lugares de memória,
Que desenham encontros.
Esboçam futuros que podiam ser.
Mas é tudo um vazio,
Lugares de sonho,
Que existem em lado nenhum!
Sou um pássaro negro.
Sem querer, sou mais
Um agoiro involuntário;
Que me faz pesado.
E só queria ser bom,
E feliz, e voar...
Universo de caos...
Um louco que se reinventa!
E ao invés de pássaro,
Só posso ser árvore,
Subir ao alto.
E cair de pé.
Abrirei uma clareira na floresta.
Por pouco tempo creio!
E virá outra estação,
E cairá a chuva pesada.
A vida renova-se para se repetir.
Nunca é o fim, somos só nós,
Como uma brisa!
Nenhum gesto com mais significado,
Vida breve e fútil,
Um sopro passado.
O Amanhã é bem vindo.
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