2003-12-21

Mais nada que não fosse amar

Mais nada que não fosse amar


Solidifica a angústia como a rocha que esfria.
Sou um palhaço e não há publico que ria.
Sinto-me pesar nos braços um cansaço...
Não é nada físico mas é de doer.
É como um esboço, um simples traço,
Uma espécie de nota surda, um gemer...

Tudo dentro de mim é uma agonia,
Que não quer ir embora, sumir!
É algo pesado que me rouba alegria,
Um desejo imenso, infinito de partir!

Porque tenho de ouvir a tua dor?
Ou tu de na minha mão,
Deixares entregue o teu coração?
Eu que apenas sinto sufoco, calor!

Eu que gostava de me abandonar,
Eu que por ser louco e sorrir,
Apenas busco o teu jardim, nele florir,
E queria mais nada que não fosse amar!