2007-12-08
Lavrador cansado
Foto tirada daqui
Semeei sonhos de forma generosa
Mas caíram em terra pedrogosa
Campo de mato e silvas sufocantes.
E a luz (Oh Meu Deus) breves instantes,
Que me deu o necessário alento,
Pra prosseguir este insano intento,
De querer alcançar a felicidade;
(Talvez achar um grande amor!)
Mas nada disso colhi, é a verdade...
Sobrou ervas daninhas de frustração e dor
E agora sou um velho e cansado lavrador
Nas mãos os calos de ter tentado
Na cara as rugas de um velho cansado
E estupefacto e inquieto nesta sorte
Aceito resignado a minha morte:
Não o suporto mais assim,
Há uma fonte de dor dentro de mim!
2007-10-30
O meu país!
foto in www.olhares.com
Há no meu país, um cheiro a erva-doce;
Que podia ser melhor, se assim não fosse!
E um sereno povo de olhos tristes,
Cabeças pendentes, como nunca viste!
Um povo de voz calada e em surdina;
Canta revoltas e heróis de antanho!
Um punho erguido que termina,
Em suspiro, que é tamanho!
Sim, o meu país é feito de saudade;
De desenrascanço, perto da anarquia!
Um povo que ama a liberdade;
Mesmo quando não lhe dá moradia!
Agora eu já nem sei, se é alegria;
Ou um cansado sorriso moribundo;
Que se pendura na face suada e luzidia;
Ou é mesmo esgar de dor, bater no fundo!
Há no meu país, um cheiro a erva-doce;
Que podia ser melhor, se assim não fosse!
E um sereno povo de olhos tristes,
Cabeças pendentes, como nunca viste!
Um povo de voz calada e em surdina;
Canta revoltas e heróis de antanho!
Um punho erguido que termina,
Em suspiro, que é tamanho!
Sim, o meu país é feito de saudade;
De desenrascanço, perto da anarquia!
Um povo que ama a liberdade;
Mesmo quando não lhe dá moradia!
Agora eu já nem sei, se é alegria;
Ou um cansado sorriso moribundo;
Que se pendura na face suada e luzidia;
Ou é mesmo esgar de dor, bater no fundo!
2007-10-28
Há alguém que me queira encontrar?
O tempo passa como silvas espinhosas,
Arrastadas sobre o meu corpo magro.
Sangro de todas a minhas visões gloriosas,
O copo por onde bebo este amargo trago;
Está bem cheio, e engulo tudo até ao fim!
Há alguém que chama por mim?
Tropeço nesta miragem que dura.
Sol forte, que os meus olhos fura!
E o pior, não é esta ácida dor,
Mas antes este estar só, sem estar;
Este pássaro ardente, sem lugar pra pousar!
Há alguém que tenha visto o meu amor?
E já não ouço as ondas na praia, seu rugido…
Abro os braços ao vento, que me arraste!
Sou cão fiel, de dono ingrato, que foi fugido.
Não tenho quem me pegue, feito traste!
Garrafa com mensagem, no meio do mar…
Há alguém que me queira encontrar?
2007-09-29
Paz Eterna
2007-08-16
Já cá não estou...
a foto veio daqui
Sou um penedo,
Branco e suave;
Onde a água e o tempo,
Abriram caminhos.
Secou-se a água...
Já não sou nada,
Já cá não estou!
Sou um penedo,
Branco e suave;
Onde a água e o tempo,
Abriram caminhos.
Secou-se a água...
Já não sou nada,
Já cá não estou!
2007-07-28
Sob o olhar da madrugada!
2007-07-27
Uma palavra pode...
Quando estou cansado,
Das canseiras normais,
Dos dias aziagos.
E dos outros que são demais,
Os cinzentos, vazios e vagos!
Quando estou cansado de mim,
Quase a desistir de tudo…
Porque sei que acaba assim,
E que mesmo que queira
Já não mudo!
É quando estou cansado,
Que queria a salvação;
Num olhar pausado,
Num estender de mão,
Numa palavra ou num abraço!
Nenhum bálsamo neste ferida,
Ausência tua, que me és querida!
Nada estanca o coração que explode!
Mas bastava tão só, a tua boca…
No que uma palavra pode!
2007-07-14
Foi quase um poema
foto daqui
Andamos perto do sol fundente,
Banhamo-nos no seu calor;
Andei leve e sorridente,
Na ilusão do amor!
Andei só e pensava ser contigo.
Foi névoa breve, passageira,
Descobri que não era amigo,
Nem tu, minha companheira!
Podia ter sido um amor louco,
Daqueles desmedidos e sem tema!
Agora resta nada, ou muito pouco…
Podia ser... Foi quase um poema…
2007-07-13
Estou farto!
foto vinda daqui
Estou farto,
De largar amarras,
Para naufragar!
Estou farto,
De me esvaziar,
Para encher o ego dos outros!
Estou farto,
De falinhas mansas,
E punhaladas nas costas!
Estou farto,
Da indiferença,
Mascarada de amizade!
Estou fartissimamente farto,
De ser enxotado,
Como os cães vadios!
Estou farto,
De largar amarras,
Para naufragar!
Estou farto,
De me esvaziar,
Para encher o ego dos outros!
Estou farto,
De falinhas mansas,
E punhaladas nas costas!
Estou farto,
Da indiferença,
Mascarada de amizade!
Estou fartissimamente farto,
De ser enxotado,
Como os cães vadios!
2007-07-10
Já não quero saber...
foto daqui
Há caminhos batidos demais,
Não os queres, mas é por eles que vais!
Mãos que querem tocar para além,
Um desejo sem mal,
Que não produz nenhum bem!
O que te resta afinal?
Nada resta,
Nesta aventura que não presta!
Poção amarga pra beber,
Água de nenhum rio…
Há um toque frio,
Que nos estremece,
Nesta alma que arrefece!
E depois? Podemos aprender?
Já não sei…
Já não quero saber…
2007-06-15
2007-06-06
Angústia exorbitante
2007-05-28
Veleiros parados
2007-05-26
Viver em vão!
É uma poalha
Que se solta dessa tolha
Sobre a mesa
Da tristeza
E faz chorar!
Quem me dera esse pão
Que não alimenta
Mas acalenta
E sustenta
A minha paixão!
Quem eu quero
Não pode ser
É ter fome até morrer!
Nada espero
Desespero!
O que é que eu fiz?
Já nem interessa
De ser feliz
Não resta nada,
Nem a promessa!
Macabra dança
Onde morre a esperança
É beber amarga poção
Até ao fim, ficar vazio
Viver em vão!
2007-05-03
2007-05-01
2007-04-14
Já não te importas!
in www.olhares.com by Paulo Madeira
O teu silêncio,
Soa como bofetadas!
As tuas palavras,
Ferem como facadas.
Já não estás perto...
Sou camelo no deserto.
Viras as costas,
Já não te importas!
O teu silêncio,
Soa como bofetadas!
As tuas palavras,
Ferem como facadas.
Já não estás perto...
Sou camelo no deserto.
Viras as costas,
Já não te importas!
2007-03-01
Em ti pousar...
Abrindo os braços como asas
Sobre o infindo mar
Não importa o que faça
Desde que saibas voar!
Falo não de planar ao vento
Não de na boca ter sabor a salgado
Falo da oportunidade do momento
O breve, de estar a teu lado!
Sei que nada sou ou muito pouco
Sei que sonho e que sou louco
Sei que bato asas e quero voar
Más é só no sonho de em ti pousar!
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