2012-12-06

Alma doida




Diz-me porque bate o coração no peito?
Acho que é a alma às cabeçadas, a querer sair!
Mas para onde quererá essa doida, ir?
Não faz sentido do abrigo onda a encerro,
Querer largar tudo e por-se a correr!
Provavelmente é meu erro,
Ter medo que se ponha a fugir,
Devia deixá-la antes largá-la solta...
Deixá-la ir!

2012-11-28

A propósito deste filme, é que ocorreu o poema. A primeira aparição deste poema foi no Facebook.


Que força é essa que te desassossega até à desgraça
Que trejeito é esse, que dizes quase por graça
Seres homem não de palavras mas de acção?
E sabes, tinhas inteira razão!
Os tiques de uma esquerda teórica
Mais preocupada com o argumento e a retórica!
E um país prenhe, à espera de parir!
E tu foste! Tinhas de ir!
Podias ser Delgado, mas não a tua visão,
Ingénuo Humberto, como é próprio de herói!
E a tua morte às mãos de gajos sem tola,
Num boçal e provinciano crime de sachola!
A justiça não foi servida, e a memória dói!


2012-04-30

Amanhã

Foto veio daqui

Amanhã outro dia nascerá.
Será outro dia, um dia mais.
Podes desejar mil coisas já,
E nem saber por onde vais!
Não importa! É mais um dia.
Se nada fosse o que viria?
Seria apenas espera vã,
Não chegaria a ser dia,
Não haveria amanhã...