
Há no meu país, um cheiro a erva-doce;
Que podia ser melhor, se assim não fosse!
E um sereno povo de olhos tristes,
Cabeças pendentes, como nunca viste!
Um povo de voz calada e em surdina;
Canta revoltas e heróis de antanho!
Um punho erguido que termina,
Em suspiro, que é tamanho!
Sim, o meu país é feito de saudade;
De desenrascanço, perto da anarquia!
Um povo que ama a liberdade;
Mesmo quando não lhe dá moradia!
Agora eu já nem sei, se é alegria;
Ou um cansado sorriso moribundo;
Que se pendura na face suada e luzidia;
Ou é mesmo esgar de dor, bater no fundo!