2015-12-20

O Muro


Amordaçado muro de silêncio;
Por onde pela fenda,
Espreita a alma livre,
E o musgo trepa esperançoso!

Não há silêncios no coração.
Apenas batidas inquietas,
Espreitando o azul do céu,
E sonhando ter umas asas!

Não importa do que se é feito.
Entre a carne e os sonhos,
Há um abismo perfeito,
Que gera pesadelos medonhos.

Sem comentários: