2018-10-14
O tempo das trevas
Havereis de lamentar,
O deixar passar,
A barbaridade,
Sem verdade!
Lamentareis as vossas filhas violadas,
Rapazes a bater em quem os fez nascer!
As boas ideias sendo abandonadas,
As desigualdades sempre a crescer.
Pensais que não se colhe o que se semeia?
A aranha há-de apanhar-vos na sua teia.
E haveis de sentir a picada do escorpião,
Quando fostes em tretas sem razão!
Oh como alimentais o vulcão ronronante!
Como se prendem os ventos antes do furacão,
Aproximam-se as nuvens negras, clarão trovejante!
E o touro desembolado escarva o chão...
Libertaste o monstro, a besta colossal!
O que fareis, para a conseguir parar?
Quando o mal é bem e o bem é mal?
A mentira que vos há-de sufocar?
Perguntais com hipocrisia:
"Como foi possível o nazismo?
Por nós não aconteceria!"
É a cegueira do populismo.
Entrai no redil ovelhas p'ra matança!
A máquina está afinada, arfando.
Vinde por vosso pé cantando,
Conjurados a esta macabra dança.
Oh não, por mim aos poucos só lamento,
Os males que me traz este meu tempo!
E entrego-vos à idiotice que abraçais,
Que para mim, as trevas, não as quero mais!
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